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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Lufe Steffen e seu livro sobre filmes LGBTs: O CINEMA QUE OUSA DIZER SEU NOME

filmelgbt-livroO CINEMA QUE OUSA DIZER SEU NOME é um livro jornalístico publicado pela EDITORA GIOSTRI, onde o autor (o cineasta e jornalista Lufe Steffen) realiza entrevistas com colegas seus, com o seguinte recorte: os entrevistados são cineastas brasileiros que dirigiram filmes com temática LGBT e que iniciaram suas carreiras a partir de 1995. O objetivo é registrar em livro, pela primeira vez no Brasil, esse painel cinematográfico brasileiro referente à temática LGBT.


Através das entrevistas com os cineastas que lidam com tais temas em seus filmes, o livro joga luz sobre as dificuldades que cada realizador enfrenta (sejam de ordem financeira, ideológica, cultural, de criação) para produzir seus filmes, assim como revela os bastidores desses filmes, imortalizando uma trajetória que o cinema LGBT brasileiro vem trilhando com muita força desde a metade dos anos 90.


Independente de temáticas, O CINEMA QUE OUSA DIZER SEU NOME é um livro, antes de mais nada, sobre cinema. Ao realizar um mosaico inédito de entrevistas com estes cineastas brasileiros, o livro busca um parentesco com obras seminais do mesmo gênero, como “Hitchcock Truffaut” (de François Truffaut) e “Afinal, quem faz os filmes” (de Peter Bogdanovich) – ambas compostas por um cineasta entrevistando seu (s) colega (s).


O projeto do livro foi contemplado pelo Edital Proac Nº30 / 2014 do Programa de Ação Cultural – Manifestações Culturais com Temática LGBT. Paralelamente à publicação do livro, haverá a realização de uma mostra retrospectiva, que exibirá alguns curtas-metragens dirigidos pelos cineastas entrevistados no livro.


Contexto Histórico

Nos últimos vinte anos, o cinema brasileiro renasceu com a chamada fase da “retomada”, após o hiato criado pelo fim da Embrafilme. Nessas duas últimas décadas, nossa produção se reinventou e se pluralizou. Entre os caminhos abertos, surgiu um cinema esteticamente eclético, com linguagens diversas, mas que se unifica por um tema: a diversidade sexual.


Não podemos falar em movimento cultural de cinema gay no Brasil, porque a palavra “movimento” costuma definir artistas e obras ligados por características estéticas. Mas podemos agrupar alguns cineastas brasileiros que, recorrentemente, têm se dedicado a realizar filmes protagonizados por personagens gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros – criando assim um mosaico de representações do universo GLBTs.


Este livro dá a palavra, portanto, a esse grupo de cineastas, nascidos em diversas cidades do Brasil, produzindo também em diversos pontos do país. Através de entrevistas diretas, eles revelam seus processos de criação, sua arte e seu cinema.


Entre os entrevistados no livro, estão nomes como Daniel Ribeiro (diretor do mundialmente premiado “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”), Dácio Pinheiro (realizador do documentário “Meu Amigo Claudia”, que narra a trajetória da artista travesti Claudia Wonder), Filipe Matzembacher & Marcio Reolon (diretores do longa “Beira-Mar”), Marcelo Caetano (premiado por curtas como “Bailão”), Otavio Chamorro (diretor premiado por filmes como “Vagabunda de Meia Tigela”) e os integrantes do coletivo (sediado em Recife) Surto & Deslumbramento, num total de vinte extensas e intensas entrevistas.


MOSTRA RETROSPECTIVA
CINEMA LGBT BRASILEIRO 1995-2015:

A mostra realiza uma retrospectiva de curtas-metragens marcantes dentro do panorama LGBT brasileiro, de 1995 até 2015, cobrindo praticamente duas décadas de produção. Assim, a mostra será composta de vinte curtas-metragens (todos apresentando temáticas ligadas ao universo LGBT), todos dirigidos por realizadores brasileiros.

A realização da mostra visa complementar a publicação do livro O CINEMA QUE OUSA DIZER SEU NOME, pois os filmes programados foram dirigidos pelos realizadores entrevistados no livro. Portanto, a retrospectiva desse cinema brasileiro LGBT produzido nas duas últimas décadas ilustra o material apresentado e debatido no livro, fazendo com que os leitores do mesmo possam se tornar espectadores dos filmes citados e examinados na obra escrita, e dessa forma completar o ciclo de discussão sobre os novos rumos desse cinema.


A mostra estreia no Cinesesc, em São Paulo, com sessões entre os dias 21 e 27 de janeiro de 2016. Posteriormente, a mostra será exibida em outros locais de São Paulo, além de outras cidades brasileiras.


Sobre o Autor

luffeLufe Steffen é uma espécie de agitador cultural. Formado em comunicação social e em teatro, cineasta e jornalista na maior parte do tempo, também se aventurou como ator e cantor em peças teatrais, shows e projetos performáticos. Como autor, publicou seu primeiro livro em 2008, “Tragam os Cavalos Dançantes” (obra-reportagem sobre o clube underground paulistano A Lôca). No cinema dirigiu curtas-metragens premiados, como “Os Clubbers Também Comem” (1999) e “Rasgue Minha Roupa” (2002), e chegou aos longas-metragens dirigindo dois badalados documentários sobre a noite gay paulistana: “A Volta da Pauliceia Desvairada” (2012) e “São Paulo em Hi-Fi” (2013).


Em 2016, Lufe Steffen completa vinte anos de carreira como cineasta e jornalista. Unindo esses dois mundos, ele faz em O CINEMA QUE OUSA DIZER SEU NOME um registro do cinema brasileiro de temática LGBT (ou gay, como preferem alguns) das últimas duas décadas, entrevistando cineastas que realizam filmes ligados a tais temas. Os entrevistados são colegas contemporâneos do autor, pois ele próprio é um deles – como cineasta dedicado a realizar filmes “gays”, o autor não resiste a vivenciar uma dupla identidade, entrevistando também a si mesmo.


Lançamento do Livro

O segundo lançamento de O CINEMA QUE OUSA DIZER SEU NOME acontece no sábado 13 / 02 / 2016 no Museu da Diversidade – Metrô República – São Paulo / SP, das 16h às 20h, em evento aberto ao público.


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