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domingo, 25 de maio de 2014

O "abominável homossexualismo" em Game Of Thrones!

homossexualidade-gameofthrones


Para quem teve a paciência de assistir a um vídeo que gravei em 2004 com Miguel Zioli sobre a história da homossexualidade (eu era bem novinho e o equipamento era analógico, não reparem!) ou leu algo no meu livro O Armário (sobre o processo de saída do armário) sabe que a homossexualidade sempre foi vista de forma diferente, em diferente épocas.


Na antiguidade por exemplo, em povos primitivos, homens praticavam a felação (sexo oral) com os garotos com o objetivo de transmitir, durante a ingestão de sêmen, coragem, força e outras virtudes. Eles acreditavam nisso. Não existia a homossexualidade como a conhecemos hoje (tanto que a palavra foi criada mais recentemente). Depois, na Grécia e Roma, a homossexualidade era praticada entre senhor e um jovem. Quando o jovem crescia, se continuasse a manter relações com o senhor, era mal visto pela sociedade. Se um jovem não fosse seduzido por um senhor, a família inteira se envergonhava disso. Resumidamente, em cada época, a homossexualidade foi praticada e vista diferentemente do que nós temos hoje: carregada de culpa e de abominação religiosa. É verdade. Toda a parte "ruim" que conhecemos hoje vem da religião que ao longo das centenas de anos resolveu "queimar" tudo relacionado ao sexo que não fosse feito especificamente para a procriação. Isso inclui também a masturbação. Como cito no O Armário existem livros médicos que diziam (até poucas décadas) que se masturbar poderia causar a morte (pois junto com o esperma saia pequenas quantidades de sangue) ou mesmo a terrível doença da epilepsia. É absurdo? Sim. Mas são acontecimentos importantes de nossa história. Quem quiser se aprofundar mais, sugiro a leitura do meu livro ou ainda "Homossexualidade - Uma história" de Colin Spencer.


Mas não quero falar disso agora. Eu acabei de assistir, neste momento, o sétimo episódio da quarta temporada de Game of Thrones e estou perplexo pelas cenas de homossexualidade tanto entre homens quanto entre mulheres que existe desde a primeira temporada (o autor disse que, nos livros, ela não é tão explícita e muitas vezes passa despercebida). E o que mais me impressiona é a naturalidade que tudo acontece dentro da história. Embora possa existir, não é explícito piadinhas ou o preconceito social sobre a prática do tal "homossexualismo" (infelizmente, na cabeça de muita gente, esse ainda é o termo impróprio utilizado). Todas as cenas com relações homossexuais (principalmente as de sexo) acontece da forma mais natural possível: o cara chama mais outro para transar junto com sua amante, escolhe uma mulher para ela e esta tudo bem! Não é fabuloso?


gameofthrones-homossexualismo


Porque a homossexualidade em Game of Thrones me impressionou? Porque eu acredito, realmente, que assim deveria ser o mundo em que vivemos: um homem, ou uma mulher, poderia sair com um homem, ou com uma mulher, e nada disso ser "o fim do mundo". Nem ser objeto de fofoca ou "aberração". As coisas simplesmente aconteceriam. A homossexualidade em Game Of Thrones, diferente de muitas criações artísticas (cinema, literatura, teatro, etc) não tem ênfase alguma. Apenas acontecem, são vistas com frequência e naturalidade: como a própria sexualidade humana deveria ser.


E você? O que acha? Já assistiu a série? O que achou da homossexualidade mostrada nela?


Eu realmente sonho pelo dia em que cada um poderá se relacionar com quem quiser (homem ou mulher) e ninguém ficar espantado por conta disso.


Abs,
Fabrício Viana

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Casal gay: quem come quem? Como saber quem é ativo/passivo?


Artigo publicado em 2006 no site do livro sobre a homossexualidade O Armário. Segue reprodução:


Outro dia, durante um workshop de tecnologia, um senhor, sabendo do meu relacionamento com o Alex, perguntou, do nada e sem estarmos falando sobre o assunto, quem de nós dois cozinhava em casa. Na mesma hora, graças a minha formação em psicologia junguiana (que analisa especialmente símbolos), interpretei sua nem tão ingênua pergunta "fora do contexto". Sua curiosidade não era exatamente esta, de saber quem cozinhava, mas sim, de saber quem de nós representava o papel feminino entre quatro paredes, ou melhor dizendo, ele queria saber, literalmente, "quem comia quem".


Para este senhor, utilizando-se o mesmo símbolo interpretado, eu consegui sanar sua dúvida explicitando nossa intimidade. Disse que em casa ambos cozinhávamos, dependia do dia e da vontade de cada um, que entre nós isso não era problema. Talvez, com esta resposta eu tenha sanado sua dúvida subjetiva ou, na pior das hipóteses, criado outras. Mas como diz o ditado, para um bom entendedor, meia palavra basta.


O que chamo a atenção neste caso é que a dúvida dele, não é só dele, mas da maioria das pessoas.


Quando vemos um casal gay, nosso cérebro esta tão acostumado a ver um homem e uma mulher que, quando vemos dois homens juntos, imaginamos que um dos dois desempenhe o papel feminino em tudo, inclusive na cama (sendo passivo - sendo penetrado).


E isso nem sempre acontece. Claro que existem casais gays que, na cama, um dos dois prefere ser somente passivo e o outro apenas ativo (aquele que penetra). Outros, não existem preferências rígidas e tudo vai depender do prazer de cada um naquele momento. Sem falar nos casos em que a penetração nem acontece.


Mesmo assim, a curiosidade do que um casal gay faz na cama, até mesmo por outros gays, é absurdamente grande graças a sociedade machista no qual estamos inseridos. Aquele pensamento em que um homem, para ser homem, jamais poderá ser dominado (penetrado) por outro homem. Ser dominado é algo exclusivo das mulheres, pois elas, no pensamento machista, são inferiores e devem ser submissas ao homem. Um homem ser dominado por outro homem, sexualmente, é inadmissível.


Claro que a dinâmica psíquica do machismo é muito mais complexa que o breve relato acima. Por este motivo um dos capítulos do meu livro O ARMÁRIO é dedicado a este importante tema. Tendo acesso a ele, as pessoas, principalmente os homossexuais, podem ter uma idéia exata da onde vem o preconceito contra gays, contra os passivos, drag queens, transexuais, travestis e até mesmo contra as próprias mulheres, pois até elas, sofrem e reproduzem o pensamento machista.


Sem falar que, aliado ao machismo, encontramos diversas personalidades incompletas que precisam "cuidar" da "vida alheia" para que, de alguma forma, se sintam completas. É o que chamamos de fofoca ou "cuidar da vida dos outros". E não são poucas pessoas que fazem isso.


Claro que eu gostaria que as coisas fossem diferentes. Que cada um pudesse beijar, transar, “meter”, “dar” ou “comer” do jeito que quisesse. Sem os outros se intrometerem tanto. Porém, não tem jeito, nossa sociedade é do jeito que é e não temos como mudar isso.


O que precisamos fazer, e isso é uma opinião minha, é estarmos muito bem resolvidos com a nossa sexualidade (poucos são bem resolvidos!) e com as nossas preferências sexuais (passivo, ativo, versátil, etc) para que, se nos perguntarem sobre elas nós possamos, NATURALMENTE e SEM CONSTRAGIMENTOS, sanar todas as dúvidas. E, obviamente, sem achar que este tipo de pergunta "é o fim do mundo" ou uma invasão brusca da intimidade (lembre-se que os heterossexuais falam de suas intimidades sem nenhum tipo de constrangimento). Afinal, isso tudo é só sexualidade humana. Algo instintivo que possuímos e que não podemos negar, apenas compartilhar, de alguma forma.


Fabrício Viana

Fabrício Viana é bacharel em Psicologia, gay assumido e autor do livro que fala sobre a homossexualidade (erroneamente citado na mídia de homossexualismo) chamado "O Armário - Vida e Pensamento do Desejo Proibido" - Site do livro: www.oarmario.com

Livro de contos eróticos gays com sexo entre homens

Procurando um livro de contos eróticos gays com sexo entre homens? Orgias gays? Sexo bareback, pissing e outras perversões? Leia Ursos Perversos de Fabrício Viana.


O livro, lançado em 2014, conta com 14 contos eróticos diagramados em 120 páginas de puro prazer, erotismo e imaginação. São contos com personagens ursos, os famosos bears que, dentro da comunidade homossexual, representam os caras grandes, parrudos, fortes, peludos ou barbudos. Eles podem ter todas essas características ou apenas algumas delas.


Para facilitar o conhecimento sobre sua nova obra literária, Fabrício Viana gravou um vídeo onde fala sobre o seu livro de contos eróticos gays e também sobre seus amigos escritores que convidou para participar desta coletânea.


Mas se você quiser, poderá baixar uma versão de "degustação parruda" e ler dois contos: "O mecânico parrudo" (até mulheres casadas amam este conto!) e o "Meus dois ursos" (onde Viana, dentro da ficção, recomenda outras leituras).


Para ler a versão de "degustação parruda" do livro:
www.homossexualidade.net/UrsosPerversos-FabricioViana.pdf


Para comprar a versão impressa:
www.editoraorgastica.com


Para comprar a versão impressa no site do autor:
www.fabricioviana.com/livros


Para curtir a fanpage do livro no Facebook:
www.facebook.com/ursosperversos


Adicione Ursos Perversos a sua estante do Skoob:
http://www.skoob.com.br/livro/374635-ursos-perversos

Para assistir ao vídeo sobre o livro (de 8 minutos):

Bem-te-vi, livro infantojuvenil sobre a homossexualidade, de Marli Porto

Bem-te-vi é um retrato apaixonante da vida de um garoto que se descobre diferente dos demais durante sua vida escolar e, para complicar, começa a gostar de um menino que estuda em outra sala. É recomendado para jovens, pais, educadores e todos aqueles que pretendem acompanhar de perto os desprazeres da rejeição, das dúvidas sobre quem somos, do bullying, da necessidade de ser amado pelos pais e, quem sabe, da descoberta de um amor impossível.


Com a capa de Carmen Thiago, ilustrações de Hokin Bear e editado pela Editora Orgástica, Bem-te-vi não só deve agradar a todos os públicos, como deve tornar-se, em pouco tempo, uma referência para o aprendizado e a tolerância à diversidade humana. E quem ganha somos nós, que lutamos, todos os dias, por uma sociedade melhor para todos. Uma sociedade que respeite o outro independentemente de sua orientação sexual.


A obra tem apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria de Estado da Cultura e da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo – Programa de Ação Cultural – 2013.


Sobre a autora:

marliporto-escritoraVencedora de vários prêmios literários, Marli Porto – que até então não tinha ligação alguma com esse público – lançou em 2003 o livro Uma luz para Davi, um romance envolvendo dois seres humanos que, “quase por acaso”, são homens. Marli sempre deixou claro que para o amor não existem barreiras. Após o sucesso do primeiro livro, a escritora lançou, em 2012, Liberdade para Clarice, dessa vez um romance envolvendo duas mulheres. Mais uma forma de continuar mostrando ao mundo que o amor transcende qualquer forma de preconceito e discriminação. E agora, mais uma vez, ela nos surpreende com seu poder de observação e sensibilidade, e lança sua primeira obra infantojuvenil chamada brilhantemente de Bem-te-vi.


Serviço:

Noite de autógrafos do livro Bem-te-vi
30/05/2014 - das 19h as 22h - Sexta-feira
Galeria Olido em São Paulo
Avenida São João, 473 - primeiro andar
Preço sugerido R$ 27,00


Para comprar on-line:
http://editoraorgastica.com/loja


Para confirmar presença no Facebook:
https://www.facebook.com/events/881588895190475/?ref=22

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Escritores gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros em São Paulo

literatura-lgbt
Nesta sexta-feira, dia 09/05, haverá um bate-papo com os 10 autores do livro Orgias Literárias da Tribo no Ponto de Leitura em São Paulo (Galeria Olido – Av. São João, 473) das 19h às 21h. O livro, que conta com poesias, crônicas e contos sobre o dia a dia, desejos e sentimentos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) é uma coletânea organizada por Fabrício Viana que, durante 30 dias, recebeu inscrições de pessoas interessadas em participar deste projeto literário.


Apesar do polêmico nome, a obra não é erótica. Alguns textos nos fazem chorar, outros refletir, rir ou mesmo conhecer universos que muitos não fazem ideia, como a luta pela autenticidade de pessoas trans. Essa diversidade de textos, visões e autores, transformam a obra em uma verdadeira orgia, uma orgia literária. Pois o prazer em participar, ler e desbravar seu conteúdo é muito grande.”, explica Viana.


livro-orgiasliterariasdatriboUm dos autores selecionados, Heller de Paula, afirma “Ver o livro impresso com meu nome e meu texto, principalmente sabendo do seu grande alcance a partir dali, me deixou imensamente orgulhoso. Sem falar que estou em um projeto com o Fabrício Viana, o primeiro escritor do universo LGBT que li na minha vida. Eu realmente não imaginava.”. Já Karina Dias, que também faz parte da seleção e já tem 3 livros publicados, diz “Orgias Literárias da Tribo é uma coletânea fantástica que abarca histórias de lésbicas, gays, bissexuais e trans em uma verdadeira miscelânea contra o preconceito.”. Outro autor, Caio Gomez, após o lançamento do livro diz “Não tenho palavras para descrever como me sinto diante de tanto carinho que venho recebendo. Pessoas de todo tipo falando que se comoveram com o que escrevi. Sinceramente eu não esperava por isso. Estou extremamente lisonjeado!”. Depoimentos dos outros autores serão publicados em breve no website do projeto.


O bate-papo na Galeria Olido tem duração de duas horas e será uma ótima oportunidade para que leitores, escritores e interessados na literatura possam se conhecer, falar de seus textos, sobre as perspectivas e anseios dessa arte e cultura voltadas para a diversidade sexual.


A obra conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Secretaria de Estado da Cultura e da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo – Programa de Ação Cultural – 2013. Os autores que fazem parte desta coletânea são Caio Gomez, Evertton Henrique, Heller de Paula, Karina Dias, Laris Neal, Marina Rodrigues, Meggie M., Oliver Lebruter, Paula Guedes e Raphael Pagotto. Viana também convidou seu amigo blogueiro Ben Oliveira.

Participem! Evento gratuito.

Serviço:

Conversa literária LGBT em São Paulo
Dia 09/05, sexta-feira, das 19h as 21h
Livro Orgias Literárias da Tribo – Nossos dia a dia, desejos e sentimentos
Local: Ponto de Leitura – Galeria Olido - Avenida São João, 473. São Paulo / SP
Para comprar o livro on-line: www.editoraorgastica.com ou www.fabricioviana.com/livros

Para os interessados, os livros O Armário, Ursos Perversos, Orgias Literárias da Tribo ou As Rosas e a Revolução, poderão ser adquiridos diretamente com seus autores antes ou após o evento